Aula 4
A Educação Física e os itinerários formativos no ensino médio
A BNCC prevê que os currículos do Ensino Médio devem criar itinerários formativos que complementem a formação dos estudantes, permitindo flexibilização do currículo, pois os estudantes poderão escolher entre aprofundamentos nas áreas de conhecimento ou na formação profissional. Esses itinerários, são caminhos e meios que facilitam atingir os objetivos principais.
Nesse cenário, a carga horária das aulas de Educação Física, tal como tradicionalmente a disciplina se constituiu no Ensino Médio, é reduzida. No entanto, dependendo das decisões que as redes de ensino tomarem sobre esses itinerários formativos, o professor de Educação Física poderá atuar com componentes curriculares inovadores no aprofundamento da área de linguagens.
Esse modo de pensar o currículo do Ensino Médio é novo e aberto para as decisões das secretarias de educação, escolas e professores. Então, vamos refletir sobre as possibilidades que esses novos itinerários podem trazer para a Educação Física, lembrando que o objetivo é levantar ideias para implantar nas redes de ensino.
Segundo a BNCC, os itinerários da área de linguagens envolvem:
Aprofundamento de conhecimentos estruturantes para aplicação de diferentes linguagens em contextos sociais e de trabalho, estruturando arranjos curriculares que permitam estudos em línguas vernáculas, estrangeiras, clássicas e indígenas, Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), das artes, design, linguagens digitais, corporeidade, artes cênicas, roteiros, produções literárias, dentre outros, considerando o contexto local e as possibilidades de oferta pelos sistemas de ensino
Os currículos podem, portanto, incluir componentes curriculares com foco nas práticas corporais que os estudantes poderão escolher, diversificando suas aprendizagens conforme seus interesses.
No documento de orientação para elaboração dos itinerários formativos publicado pelo MEC após a homologação da BNCC, os itinerários são definidos como:
Conjunto de situações e atividades educativas que os estudantes podem escolher conforme seu interesse, para aprofundar e ampliar aprendizagens em uma ou mais Áreas de Conhecimento e/ou na Formação Técnica e Profissional, com carga horária total mínima de 1.200 horas
Segundo o Guia de Implementação do Novo Ensino Médio (MEC) os itinerários podem envolver a criação de:
Os professores de Educação Física poderão criar e desenvolver componentes nessas opções de arranjo para aprofundar o estudo e a experimentação das atividades físicas!
Relembrando
Neste módulo você viu:
Os pontos de partida da BNCC para boas práticas de Educação Física no Ensino Médio;
Como as aulas de Educação Física contribuem para que o currículo do Ensino Médio acolha as juventudes;
A integração das aulas de educação Física à área de Linguagens;
As competências e habilidades que devem ser desenvolvidas nas aulas de Educação Física;
E os itinerários formativos da Educação Física no Ensino Médio;
Parabéns!
Parabéns!
Espero que tenha aproveitado bastante o curso “BNCC na prática: do currículo à sala de aula” e a partir de agora possa utilizar as inovações da BNCC no dia-a-dia das suas aulas de Educação Física.
Muito sucesso e até breve!
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Ficha técnica
Produção e desenvolvimento
Instituto Península
Gestão técnica
Vanderson Berbat
Coordenação de desenvolvimento e de conteúdo
Verônica Fonseca
Pesquisa e elaboração de conteúdo
Isabel Filgueiras
Revisão técnica
Sirlene Alves
BILIOGRAFIA DO CURSO
Módulo 1
GALLAHUE, David. L.; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. David L. Gallahue, John C. Ozmun; [Tradução Maria Aparecida da Silva Pereira Araújo] São Paulo: Phorte editora, 2001.
GALLAHUE, David. L.; DONNELLY, Francês, C. Educação Física Desenvolvimentista para todas as crianças/David Gallahue, Francês Cleland Donnelly; [tradução Samantha Prado Stamatiu, Adriana Elisa Inácio]. 4 ed. – São Paulo: Phorte, 2008.
FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro, Teoria e Prática da Educação Física. São Paulo: Scipione, 1989.
FREIRE, João Batista e SCAGLIA, Alcides José. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione, 2000.
FILGUEIRAS, Isabel Porto; FREYBERGER, Adriana. Brincadeiras e jogos no parque. Avisa lá, p. 16-21.
GARANHANI, Marynelma Camargo; NADOLNY, Lorena de F. O movimento do corpo Infantil: uma linguagem da criança. Caderno de formação: didática dos conteúdos formação de professores / Universidade Estadual Paulista. Pró-Reitoria de Graduação; Universidade Virtual do Estado de São Paulo. – São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011.
Módulo 2
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. Caderno Cedes, Campinas, n. 48, p. 69-89, 1999.
DAOLIO, Jocimar. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas: Autores Associados, 2004.
DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade (Coord.). Educação Física na escola. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
DARIDO, Suraya Cristina (Org.). Educação Física escolar: compartilhando experiências. São Paulo: Phorte, 2011.
GONZÁLEZ, Fernando Jaime. Sistema de classificação de esportes com base nos critérios: cooperação, interação com o adversário, ambiente, desempenho comparado e objetivos táticos da ação. Lecturas, Educación Física y Deportes, año 10, n. 71, 2004.
GONZÁLEZ, Fernando Jaime; DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli (Org.). Práticas corporais e a organização do conhecimento. Esportes de marca e com rede divisória ou muro/parede de rebote: badminton, peteca, tênis de campo, tênis de mesa, voleibol, atletismo. Maringá: Eduem, 2017.
Módulo 3
RUFINO, Luiz Gustavo Bonatto et al. Educação Física escolar no ensino médio: analisando o estado da arte. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 36, 2016.
DARIDO, S. et al. Educação física no ensino médio: reflexões e ações. Revista MOTRIZ - Volume 5, Número 2, Dezembro/1999