Pesquisadores da corrente da Aprendizagem Social (ou Cognição Situada) analisaram contextos escolares, contextos profissionais e o modo como neles se pensa e se promove a aprendizagem (CESCON, 2016). Constataram que em instituições de ensino há uma crença de que “o conhecimento pode ser abstraído das situações em que se aprende” (ibid.).

Questionaram então a grande quantidade de atividades pedagógicas que descontextualizam os conhecimentos, tratados como se fossem independentes das situações das práticas sociais e culturais nas quais se originam.

À esquerda, um homem negro sorri, usa boné e camiseta vermelha, carrega três caixas de papelão, na primeira em cima, Física, em baixo, Matemática e a última Português. À direita, em letras brancas sobre um retângulo vermelho: “É muito mais difícil, nestas condições, o aprendiz encontrar motivação, significância e relevância social nas aprendizagens.”

Figura 12 - Fonte: Freepick (Imagem editada pela equipe gráfica do projeto).

De forma diferente, “os teóricos da cognição situada partem da premissa de que o conhecimento é situado, é parte e produto da atividade, do contexto e da cultura em que se desenvolve e é utilizado” (ibid.).

À esquerda, um esquema de vários círculos azuis interligadas formam uma rede. Seis deles tem uma palavra: Sociedade, Interesses, Alunos, Família, Conteúdos Escolares e Escola.  À direita, um retângulo vermelho e letras brancas: “Para eles, aprendizagem escolar é antes de mais nada um processo de “enculturação”, ou seja, de participação e de “entrada” em determinadas comunidades, que possuem práticas sociais às quais os aprendizes irão se integrar, com ritmos e formas diferentes uns dos outros, mas segundo princípios sociais de aprendizagem.”

Figura 13 - Fonte: Imagem produzida pela equipe gráfica do projeto.

Entre tais princípios está, vale repetir, o de que a aprendizagem deve ocorrer em contextos pertinentes para se tornar efetiva e relevante para o aprendiz. Em tais contextos, separa-se menos o “saber” do “fazer”. Isso se traduz na busca de um ensino que promova práticas educativas mais autênticas, com maior relevância cultural e social.

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