É claro que em algumas atividades a interprofissionalidade pode ser menos visível, menos imediata, ocorrer em tempos e espaços distintos, digamos, de forma um pouco diferente do que ocorre no caso do atendimento de um paciente em um hospital, por exemplo:

Em cima, o desenho de um padeiro prepara a massa sobre uma bancada em baixo, em baixo, a massa crescida.

Em alguns casos, o padeiro/a padeira pode fazer seu pão “sozinho/a”, em seu ambiente de trabalho, aparentemente sem colaboração direta.

Porém, uma rápida análise evidencia que, mesmo trabalhando só, a produção do pão depende da farinha, dos ovos, do forno (e seu funcionamento) e outros elementos que são feitos por outros profissionais.

Em cima, o desenho de um padeiro prepara a massa sobre uma bancada em baixo, em baixo, a massa crescida.

Figura 08 - Fonte: Imagem produzida pela equipe gráfica do projeto

Assim, as interações com outros profissionais sempre existirão, ainda que de forma mais ou menos intensa ou interativa.

Por outro lado, se a interprofissionalidade pode ser “ensinada” como um “saber” sobre as relações de uma profissão com outras complementares, uma formação interprofissional passa, essencialmente, pela experiência compartilhada e efetiva do trabalho:

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Uma jovem, usa touca, mascara e jaleco descartáveis, está com óculos de proteção de acrílico transparente. Segura uma pasta e um aferidor de temperatura na mão esquerda.  E a legenda: “em um ambiente, com uma comunidade comum. Passa pela resolução de problemas comuns.
Figura 09: professor em sala de aula
Fonte: Unplash (Imagem editada pela equipe gráfica do projeto).
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Uma jovem, usa touca, mascara e jaleco descartáveis, está com óculos de proteção de acrílico transparente. Segura uma pasta e um aferidor de temperatura na mão esquerda.  E a legenda: “em um ambiente, com uma comunidade comum. Passa pela resolução de problemas comuns.
Figura 10: técnico verificando comunidade
Fonte: Freepick (Imagem editada pela equipe gráfica do projeto).

É nestas condições que a formação interprofissional tem mais chances de levar a efetivas “mudanças comportamentais, organizacionais ou a uma melhora nos problemas de saúde apresentados pelos pacientes” (PERRON et al, 2008, p. 2032), na aprendizagem dos estudantes, na construção de um prédio etc.

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