É claro que em algumas atividades a interprofissionalidade pode ser menos visível, menos imediata, ocorrer em tempos e espaços distintos, digamos, de forma um pouco diferente do que ocorre no caso do atendimento de um paciente em um hospital, por exemplo:
Em alguns casos, o padeiro/a padeira pode fazer seu pão “sozinho/a”, em seu ambiente de trabalho, aparentemente sem colaboração direta.
Porém, uma rápida análise evidencia que, mesmo trabalhando só, a produção do pão depende da farinha, dos ovos, do forno (e seu funcionamento) e outros elementos que são feitos por outros profissionais.
Figura 08 - Fonte: Imagem produzida pela equipe gráfica do projeto
Assim, as interações com outros profissionais sempre existirão, ainda que de forma mais ou menos intensa ou interativa.
Por outro lado, se a interprofissionalidade pode ser “ensinada” como um “saber” sobre as relações de uma profissão com outras complementares, uma formação interprofissional passa, essencialmente, pela experiência compartilhada e efetiva do trabalho:
É nestas condições que a formação interprofissional tem mais chances de levar a efetivas “mudanças comportamentais, organizacionais ou a uma melhora nos problemas de saúde apresentados pelos pacientes” (PERRON et al, 2008, p. 2032), na aprendizagem dos estudantes, na construção de um prédio etc.