"A 'matéria-prima' do trabalho não é, para o operador, uma 'página em branco', habitualmente ele lê o traço da atividade de seus colegas no 'objeto' que recebe, e deixa nele a marca de seu próprio trabalho. Nesse sentido, o resultado da atividade é sempre uma 'obra (ergon) pessoal', sinal da habilidade, personalidade etc., daquele que a produziu". (GUÉRIN et al, 2001, p. 18)
A importância dessa dimensão é considerável para o indivíduo:
Em destaque, um retângulo vermelho com contorno azul e texto em branco.
O significado de sua atividade, ao concretizar-se no resultado, impregna de sentido sua relação com o mundo, fator determinante da construção da sua personalidade e da sua socialização. Trabalhar não é somente ganhar a vida; é também e, sobretudo, ter um lugar, desempenhar um papel.
Mas, na situação de formação, como o aprendiz participa da elaboração da obra do trabalho?
As alternativas mais comuns na Educação Profissional (por favor, estudante, se conhecer outras possibilidades não deixe de compartilhar) são as oficinas, projetos (ensino, pesquisa) ou atividade de extensão.
A formação por meio de oficinas, segundo a experiente estudiosa da formação profissional nórdica, Liv Mjelde, tem propriedades “mágicas”. Em vez de apresentar os argumentos da autora, vamos tentar apreendê-los a partir da descrição de uma cena de oficina de soldagem (ROSE, 2015, p. 124):